quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Dicas: Dengue x Floresta - Trilhas



  • Dengue x Floresta

Muitas pessoas receiam ir à floresta com medo de contrair o dengue. Imaginam que lá seria o local ideal para ser picado pelo mosquito transmissor da doença que já causa pânico na população e com muita razão, pois o mosquito parece aumentar o seu poderio a cada ano.

Mas se no meio urbano isso acontece, nós que estamos sempre em contato com a natureza sabemos que esse risco é muito pequeno, pois são até raros os casos de dengue nos praticantes de caminhadas junto à natureza.

A explicação para isso acontecer é que alguns animais da floresta fazem o controle biológico do mosquito, sendo alguns, verdadeiros protetores do homem, que podem ser facilmente atraídos para junto de nossas casas.

Os focos do mosquito, que é urbano, estão quase sempre dentro de casa. Um foco é suficiente para a contaminação de várias residências.

Plantas podem atrair ou repelir os mosquitos. As bromélias, por exemplo, são plantas próprias para a criação de mosquitos, devemos afastá-las das casas, ou cercá-las com telas, ou melhor, deixá-las na natureza que é o seu melhor lugar.

O problema não se resolve simplesmente com a pulverização do carro “fumacê”, pois este acaba deixando um buraco na natureza, levando para a morte mosquitos, insetos diversos e predadores de insetos. O resultado é que o mosquito leva pouco tempo para crescer e os predadores muito mais tempo, propiciando mais ainda o aumento do número desses insetos.

Conhecendo-se os predadores, poderemos juntos combater mais eficazmente o mosquito e diminuir o dengue. Conheçam alguns deles.

Morcegos insetívoros - Moram em grandes colônias em grutas ou telhados de casas velhas, é inofensivo, não transmite a raiva, não ataca as pessoas e come milhares de insetos por noite. Voa junto às paredes, ocasião em que se nutre de diversos insetos junto às residências.

Andorinhas - Passam o dia se alimentando de insetos e dispensam qualquer apresentação, mas merecem um pequeno comentário: de que estão voltando a aparecer na nossa primavera depois de sumirem por algum tempo dos céus.

Maria-lavadeiras ou libélulas - prefere locais pantanosos onde se reproduz, mas é vista junto das piscinas e locais abertos, sem água, onde caça.

Lagartixa - Animal muito inofensivo e útil, é um incansável vigilante noturno das paredes das residências.

Pererecas, sapos e rãs - Vivem nas bromélias e na água, ou onde a umidade é constante. Apesar dos seus esforços, não conseguem ser muito eficientes, mas colaboram no que podem.

Peixes barrigudinhos, gupis e betas - São colocados em piscinas abandonadas, lagos e tanques para combater o mosquito comendo-lhes os ovos, caso o local esteja congestionado de plantas, eles não darão conta do trabalho, podendo mesmo na sua presença, haver foco de mosquitos.

Moscas caçadoras - Existem pelo menos dois tipos delas com comportamentos semelhantes; uma delas é verde-metálico, muito bonita, e insiste em ficar parada na nossa frente, ocasião em que está caçando e acaba levando um tapa nosso.

Estas moscas merecem todo o nosso carinho e atenção, assim como os demais animais citados aqui e toda a natureza de uma forma geral, que pagam pela nossa ignorância. Estas disputam entre si o melhor espaço para nos escoltar contra os mosquitos.

Beija-flores - Estes são os mais simpáticos e talvez os mais eficientes aliados contra o dengue nos perímetros urbanos.

O período crítico do dia para o ataque dos mosquitos é ao final da tarde, quando a “nuvem” de mosquitos após se reunirem se dispersam e invadem as residências. É nessa hora que os beija-flores costumam entrar em ação e acabam com a “nuvem” em segundos.

Adote a natureza como parceira, não mate qualquer animal sem saber porque ele vive, adote os parceiros citados acima, adote um beija-flor, ajude a combater o dengue e viver melhor.

Não esqueça de fazer a sua parte em casa.
Fonte: Instituto Terra Brasil

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